Documentação do Symfony2
Renderizada do repositório symfony-docs-pt-BR no Github
Por que usar o Symfony2 é melhor do que abrir um arquivo e sair escrevendo PHP puro?
Se você nunca utilizou um framework PHP, não está familiarizado com a filosofia MVC ou está apenas interessado em entender todo esse hype sobre o Symfony2, este capítulo é para você. Em vez de dizer que o Symfony2 permite que você desenvolva mais rápido e melhor do que com PHP puro, você vai ver por si mesmo.
Nesse capítulo, você irá escrever uma simples aplicação em PHP puro, e, então, refatora-la para deixa-la mais organizada. Você vai viajar no tempo, vendo as decisões sobre o porquê o desenvolvimento web evoluiu com o passar dos tempos para onde ele está agora.
Ao final, você verá como o Symfony2 pode resgata-lo das tarefas simples e coloca-lo de volta no controle do seu código.
Nesse capítulo, você vai construir uma aplicação para um blog utilizando apenas o PHP puro. Para começar, crie uma única página que exibe as postagens armazenadas no banco de dados. Escrever isso em PHP puro é rápido e simples:
<?php
// index.php
$link = mysql_connect('localhost', 'myuser', 'mypassword');
mysql_select_db('blog_db', $link);
$result = mysql_query('SELECT id, title FROM post', $link);
?>
<html>
<head>
<title>List of Posts</title>
</head>
<body>
<h1>List of Posts</h1>
<ul>
<?php while ($row = mysql_fetch_assoc($result)): ?>
<li>
<a href="/show.php?id=<?php echo $row['id'] ?>">
<?php echo $row['title'] ?>
</a>
</li>
<?php endwhile; ?>
</ul>
</body>
</html>
<?php
mysql_close($link);
Simples de escrever, rápido de executar e, conforme sua aplicação crescer, impossível de manter. Existem diversos problemas que precisam ser tratados:
Note
Um outro problema não mencionado aqui é o fato do banco de dados estar amarrado ao MySQL. Apesar de não ser tratado aqui, o Symfony2 integra-se totalmente com o Doctrine, uma biblioteca dedicada a abstração de banco de dados e mapeamento.
Vamos ao trabalho de resolver esses problemas e mais ainda.
O código pode ter ganhos imediatos ao separar a “lógica” da aplicação do código que prepara o HTML para “apresentação”:
<?php
// index.php
$link = mysql_connect('localhost', 'myuser', 'mypassword');
mysql_select_db('blog_db', $link);
$result = mysql_query('SELECT id, title FROM post', $link);
$posts = array();
while ($row = mysql_fetch_assoc($result)) {
$posts[] = $row;
}
mysql_close($link);
// include the HTML presentation code
require 'templates/list.php';
Agora o código HTML está armazenado em um arquivo separado (templates/list.php), que é um arquivo HTML que utiliza um sintaxe PHP parecida com a de templates:
<html>
<head>
<title>List of Posts</title>
</head>
<body>
<h1>List of Posts</h1>
<ul>
<?php foreach ($posts as $post): ?>
<li>
<a href="/read?id=<?php echo $post['id'] ?>">
<?php echo $post['title'] ?>
</a>
</li>
<?php endforeach; ?>
</ul>
</body>
</html>
Por convenção, o arquivo que contém toda a lógica da aplicação - index.php - é conhecido como “controller”. O termo controller é uma palavra que você vai escutar bastante, independente da linguagem ou framework você utilize. Ela refere-se a área do seu código que processa as entradas do usuário e prepara uma resposta.
Nesse caso, nosso controller prepara os dados do banco de dados e então inclui um template para apresenta-los. Com o controller isolado, você pode facilmente mudar apenas o arquivo de template caso precise renderizar os posts de blog em algum outro formato (por exemplo, list.json.php para o formato JSON).
Por enquanto a aplicação tem apenas uma página. Mas e se uma segunda página precisar utilizar a mesma conexão com o banco de dados, ou até o mesmo array de posts do blog? Refatore o código de forma que o comportamento principal e as funções de acesso aos dados da aplicação fiquem isolados em um novo arquivo chamado model.php:
<?php
// model.php
function open_database_connection()
{
$link = mysql_connect('localhost', 'myuser', 'mypassword');
mysql_select_db('blog_db', $link);
return $link;
}
function close_database_connection($link)
{
mysql_close($link);
}
function get_all_posts()
{
$link = open_database_connection();
$result = mysql_query('SELECT id, title FROM post', $link);
$posts = array();
while ($row = mysql_fetch_assoc($result)) {
$posts[] = $row;
}
close_database_connection($link);
return $posts;
}
Tip
O nome model.php foi utilizado porque a lógica e o acesso aos dados de uma aplicação são tradicionalmente conhecidos como a camada de “modelo”. Em uma aplicação bem organizada, a maioria do código representando as suas “regras de negócio” devem estar apenas no model (em vez de estar em um controller). Ao contrário desse exemplo, somente uma parte do model (ou nenhuma) está realmente relacionada ao banco de dados.
Agora o controller (index.php) ficou bem simples:
<?php
require_once 'model.php';
$posts = get_all_posts();
require 'templates/list.php';
Agora, a única tarefa do controller é recuperar os dados da camada de modelo da sua aplicação (o model) e chamar o template para renderiza-los. Esse é um exemplo bem simples do padrão model-view-controller.
Até esse ponto a aplicação foi refatorada em três partes distintas, oferecendo várias vantagens e a oportunidade de reutilizar quase qualquer coisa em outras páginas.
A única parte do código que não pode ser reutilizada é o layout da página. Conserte isso criando um novo arquivo chamado layout.php:
<!-- templates/layout.php -->
<html>
<head>
<title><?php echo $title ?></title>
</head>
<body>
<?php echo $content ?>
</body>
</html>
Assim o template (templates/list.php) pode ficar mais simples “extendendo” o layout:
<?php $title = 'List of Posts' ?>
<?php ob_start() ?>
<h1>List of Posts</h1>
<ul>
<?php foreach ($posts as $post): ?>
<li>
<a href="/read?id=<?php echo $post['id'] ?>">
<?php echo $post['title'] ?>
</a>
</li>
<?php endforeach; ?>
</ul>
<?php $content = ob_get_clean() ?>
<?php include 'layout.php' ?>
Agora você foi apresentado a uma metodologia que permite a reutilização do layout. Infelizmente, para fazer isso, você é forçado a utilizar no template algumas funções feias do PHP (ob_start(), ob_get_clean()). O Symfony2 utiliza o componente Templating que permite realizar isso de uma maneira limpa e fácil. Logo você verá esse componente em ação.
A página “list” foi refatorada para que o código fique mais organizado e reutilizável. Para provar isso, adicione ao blog uma página chamada “show”, que exibe um único post identificado pelo parâmetro id.
Para começar, crie uma nova função no arquivo model.php que recupera o post com base no id informado:
// model.php
function get_post_by_id($id)
{
$link = open_database_connection();
$id = mysql_real_escape_string($id);
$query = 'SELECT date, title, body FROM post WHERE id = '.$id;
$result = mysql_query($query);
$row = mysql_fetch_assoc($result);
close_database_connection($link);
return $row;
}
Em seguida, crie um novo arquivo chamado show.php - o controller para essa nova página:
<?php
require_once 'model.php';
$post = get_post_by_id($_GET['id']);
require 'templates/show.php';
Por fim, crie um novo arquivo de template - templates/show.php - para renderizar individualmente o post do blog:
<?php $title = $post['title'] ?>
<?php ob_start() ?>
<h1><?php echo $post['title'] ?></h1>
<div class="date"><?php echo $post['date'] ?></div>
<div class="body">
<?php echo $post['body'] ?>
</div>
<?php $content = ob_get_clean() ?>
<?php include 'layout.php' ?>
Criar a segunda página foi bastante fácil e nenhum código foi duplicado. Ainda assim, essa página criou mais alguns problemas persistentes que um framework pode resolver para você. Por exemplo, se o parâmetro id não for informado, ou for inválido, a página irá quebrar. Seria mais interessante exibir uma página de erro 404, mas isso ainda não pode ser feito de uma maneira fácil. Pior ainda, caso você esqueça de tratar o id utilizando a função mysql_real_escape_string(), todo o seu banco de dados estará correndo o risco de sofrer ataques de SQL injection.
Um problema ainda maior é que cada controller deve incluir o arquivo model.php individualmente. O que acontece se cada controller, de repente, precisar incluir um arquivo adicional para executar alguma outra tarefa global (impor segurança, por exemplo)? Da maneira como está agora, esse código teria que ser adicionado em cada arquivo controller. Se você esquecer de incluir algo em algum arquivo espero que não seja algo relacionado a segurança...
A solução é utilizar um front controller: um único arquivo PHP que irá processar todas as requisições. Com um front controller, as URIs vão mudar um pouco, mas começam a ficar mais flexíveis:
Without a front controller
/index.php => Blog post list page (index.php executed)
/show.php => Blog post show page (show.php executed)
With index.php as the front controller
/index.php => Blog post list page (index.php executed)
/index.php/show => Blog post show page (index.php executed)
Tip
O index.php pode ser removido da URI se você estiver utilizando regras de rewrite no Apache (ou algo equivalente). Nesse caso, a URI resultante para a página show será simplesmente /show.
Ao utilizar um front controller, um único arquivo PHP (nesse caso o index.php) irá renderizar todas as requisições. Para a página show do blog, o endereço /index.php/show irá, na verdade, executar o arquivo index.php, que agora é responsável por redirecionar as requisições internamente baseado na URI completa. Como você pode ver, um front controller é uma ferramente bastante poderosa.
Você está prestes a dar um grande passo com a sua aplicação. Com um arquivo para gerenciar todas as suas requisições, você pode centralizar coisas como segurança, configurações e roteamento. Nessa aplicação, o arquivo index.php deve ser esperto o suficiente para renderizar a página com a lista de posts ou a página com um único post baseado na URI da requisição:
<?php
// index.php
// load and initialize any global libraries
require_once 'model.php';
require_once 'controllers.php';
// route the request internally
$uri = $_SERVER['REQUEST_URI'];
if ($uri == '/index.php') {
list_action();
} elseif ($uri == '/index.php/show' && isset($_GET['id'])) {
show_action($_GET['id']);
} else {
header('Status: 404 Not Found');
echo '<html><body><h1>Page Not Found</h1></body></html>';
}
Por questão de organização, ambos os controllers (os antigos arquivos index.php e show.php) agora são funções e cada uma foi movida para um arquivo separado, chamado controllers.php:
function list_action()
{
$posts = get_all_posts();
require 'templates/list.php';
}
function show_action($id)
{
$post = get_post_by_id($id);
require 'templates/show.php';
}
Sendo um front controller, index.php agora tem um papel inteiramente novo, que inclui carregar as bibliotecas principais e rotear a aplicação de forma que um dos controllers (as funções list_action() e show_action()) seja chamado. Na verdade, o front controller está começando a ficar bastante parecido com o mecanismo do Symfony2 utilizado para tratar e redirecionar as requisições:
Tip
Uma outra vantagem do front controller é ter URLs flexíveis. Note que a URL para a página que exibe um post no blog pode mudar de /show para /read alterando o código apenas em um único lugar. Antes, um arquivo teria que ser renomeado. No Symfony2 as URLs podem ser ainda mais flexíveis.
Até agora, a aplicação evoluiu de um único arquivo PHP para para uma estrutura organizada que permite a reutilização de código. Você deve estar mais feliz, mas longe de estar satisfeito. Por exemplo, o sistema de “roteamento” ainda não é consistente e não reconhece que a página de listagem (index.php) também pode ser acessada via / (se as regras de rewrite foram adicionadas no Apache). Além disso, em vez de desenvolver o blog, boa parte do tempo foi gasto trabalhando na “arquitetura” do código (por exemplo, roteamento, execução de controllers, templates etc). Mais tempo ainda será necessário para tratar o envio de formulários, validação das entradas, logs e segurança. Por que você tem que reinventar soluções para todos esses problemas?
Symfony2 para a salvação. Antes de realmente utilizar o Symfony2, você precisa ter certeza que o PHP sabe onde encontrar as classes do framework. Isso pode ser feito com o autoloader fornecido pelo Symfony. Um autoloader é uma ferramenta que permite a utilização de classes PHP sem a necessidade de incluir os seus arquivos explicitamente.
Primeiro, faça o download do symfony e o coloque no diretório vendor/symfony/symfony/. A seguir, crie um o arquivo app/bootstrap.php. Utilize-o para dar require dos dois arquivos da aplicação e para configurar o autoloader:
<?php
// bootstrap.php
require_once 'model.php';
require_once 'controllers.php';
require_once 'vendor/symfony/symfony/src/Symfony/Component/ClassLoader/UniversalClassLoader.php';
$loader = new Symfony\Component\ClassLoader\UniversalClassLoader();
$loader->registerNamespaces(array(
'Symfony' => __DIR__.'/../vendor/symfony/symfony/src',
));
$loader->register();
Esse código diz ao autoloader onde estão as classes do Symfony. Com isso, você pode começar a utilizar as classes sem precisar de um require para os arquivos que as contém.
Dentro da filosofia do Symfony está a idéia de que a principal tarefa de uma aplicação é interpretar cada requisição e retornar uma resposta. Para essa finalidade, o Symfony2 fornece as classes Symfony\Component\HttpFoundation\Request e Symfony\Component\HttpFoundation\Response. Elas são representações orientadas a objetos da requisição HTTP pura sendo processada e da resposta HTTP sendo retornada. Utilize-as para melhorar o blog:
<?php
// index.php
require_once 'app/bootstrap.php';
use Symfony\Component\HttpFoundation\Request;
use Symfony\Component\HttpFoundation\Response;
$request = Request::createFromGlobals();
$uri = $request->getPathInfo();
if ($uri == '/') {
$response = list_action();
} elseif ($uri == '/show' && $request->query->has('id')) {
$response = show_action($request->query->get('id'));
} else {
$html = '<html><body><h1>Page Not Found</h1></body></html>';
$response = new Response($html, 404);
}
// echo the headers and send the response
$response->send();
Agora os controller são responsáveis por retornar um objeto Response. Para tornar isso mais fácil, você pode adicionar uma nova função chamada render_template(), que, a propósito, funciona de forma um pouco parecida com o mecanismo de template do Symfony2:
// controllers.php
use Symfony\Component\HttpFoundation\Response;
function list_action()
{
$posts = get_all_posts();
$html = render_template('templates/list.php', array('posts' => $posts));
return new Response($html);
}
function show_action($id)
{
$post = get_post_by_id($id);
$html = render_template('templates/show.php', array('post' => $post));
return new Response($html);
}
// helper function to render templates
function render_template($path, array $args)
{
extract($args);
ob_start();
require $path;
$html = ob_get_clean();
return $html;
}
Ao adicionar uma pequena parte do Symfony2, a aplicação ficou mais flexível e confiável. A classe Request fornece uma maneira segura para acessar informações sobre a requisição HTTP. Especificamente, o método getPathInfo() retorna a URI limpa (sempre retornando /show e nunca /index.php/show). Assim, mesmo que o usuário utilize /index.php/show, a aplicação é inteligente o suficiente para direcionar a requisição para show_action().
O objeto Response dá flexibilidade ao construir a resposta HTTP, permitindo a adição de cabeçalhos HTTP e conteúdo através de um interface orientada a objetos. Apesar das respostas nessa aplicação ainda serem simples, essa flexibilidade será útil conforme a aplicação crescer.
O blog já passou por um longo caminho, mas ele ainda tem muito código para uma aplicação tão simples. Por esse caminho, nós também inventamos um simples sistema de roteamento e um método utilizando ob_start() e ob_get_clean() para renderiar templates. Se, por alguma razão, você precisasse continuar a construir esse “framework” do zero, você poderia pelo menos utilizar isoladamente os components Routing e Templating do Symfony, que já resolveriam esses problemas.
Em vez de re-resolver problemas comuns, você pode deixar que o Symfony2 cuide deles pra você. Aqui está um exemplo da mesma aplicação, agora feito com o Symfony2:
<?php
// src/Acme/BlogBundle/Controller/BlogController.php
namespace Acme\BlogBundle\Controller;
use Symfony\Bundle\FrameworkBundle\Controller\Controller;
class BlogController extends Controller
{
public function listAction()
{
$posts = $this->get('doctrine')->getEntityManager()
->createQuery('SELECT p FROM AcmeBlogBundle:Post p')
->execute();
return $this->render('AcmeBlogBundle:Blog:list.html.php', array('posts' => $posts));
}
public function showAction($id)
{
$post = $this->get('doctrine')
->getEntityManager()
->getRepository('AcmeBlogBundle:Post')
->find($id);
if (!$post) {
// cause the 404 page not found to be displayed
throw $this->createNotFoundException();
}
return $this->render('AcmeBlogBundle:Blog:show.html.php', array('post' => $post));
}
}
Os dois controller ainda estão bastante leves. Cada um utiliza a biblioteca de ORM Doctrine para recuperar objetos do banco de dados e o componente Templating para renderizar e retornar um objeto Response. O template list ficou um pouco mais simples:
<!-- src/Acme/BlogBundle/Resources/views/Blog/list.html.php -->
<?php $view->extend('::layout.html.php') ?>
<?php $view['slots']->set('title', 'List of Posts') ?>
<h1>List of Posts</h1>
<ul>
<?php foreach ($posts as $post): ?>
<li>
<a href="<?php echo $view['router']->generate('blog_show', array('id' => $post->getId())) ?>">
<?php echo $post->getTitle() ?>
</a>
</li>
<?php endforeach; ?>
</ul>
O layout está praticamente idêntico:
<!-- app/Resources/views/layout.html.php -->
<html>
<head>
<title><?php echo $view['slots']->output('title', 'Default title') ?></title>
</head>
<body>
<?php echo $view['slots']->output('_content') ?>
</body>
</html>
Note
Vamos deixar o template da página show como um exercício para você, uma vez que é trivial cria-lo com base no template da página list
Quando o mecanismo do Symfony2 (chamado de Kernel) é iniciado, ele precisa de um mapa que indique quais controllers devem ser executados de acordo com a requisição. A configuração de roteamento contém essa informação em um formato legível:
# app/config/routing.yml
blog_list:
pattern: /blog
defaults: { _controller: AcmeBlogBundle:Blog:list }
blog_show:
pattern: /blog/show/{id}
defaults: { _controller: AcmeBlogBundle:Blog:show }
Agora que o Symfony2 está cuidando dessas tarefas simples, o front controller ficou extremamente simples. Uma vez que ele faz tão pouco, você nunca mais terá que mexer nele depois de criado (e se você estiver utilizando uma distribuição do Symfony2, você nem mesmo precisará cria-lo!):
<?php
// web/app.php
require_once __DIR__.'/../app/bootstrap.php';
require_once __DIR__.'/../app/AppKernel.php';
use Symfony\Component\HttpFoundation\Request;
$kernel = new AppKernel('prod', false);
$kernel->handle(Request::createFromGlobals())->send();
A única tarefa do front controller é iniciar o mecanismo (Kernel) do Symfony2 e passar para ele o objeto Request que deve ser manuseado. Então o Symfony utiliza o mapa de rotas para determinar qual controller chamar. Assim como antes, o método controller é responsável por retornar o objeto Response. Não há muito mais que ele precise fazer.
Para uma representação visual de como o Symfony2 trata cada requisição, veja o diagrama de fluxo da requisição.
Nos próximos capítulos você irá aprender mais sobre cada parte do Symfony funciona e a organização recomendada para um projeto. Por enquanto, vamos ver como a migração do PHP puro para o Symfony2 facilitou a sua vida:
E talvez o melhor de tudo, ao utilizar o Symfony2, você tem acesso a todo um conjunto de ferramentas open source de alta qualidade desenvolvidas pela comunidade do Symfony2! Para mais informações, visite o site Symfony2Bundles.org
Se você optar por utiliza-lo, o Symfony2 vem com um sistema de template padrão chamado Twig que torna mais fácil a tarefa de escrever templates e os deixa mais fácil de ler. Isso significa que a aplicação de exemplo pode ter ainda menos código! Pegue como exemplo o template list escrito com o Twig:
{# src/Acme/BlogBundle/Resources/views/Blog/list.html.twig #}
{% extends "::layout.html.twig" %}
{% block title %}List of Posts{% endblock %}
{% block body %}
<h1>List of Posts</h1>
<ul>
{% for post in posts %}
<li>
<a href="{{ path('blog_show', { 'id': post.id }) }}">
{{ post.title }}
</a>
</li>
{% endfor %}
</ul>
{% endblock %}
O template layout.html.twig correspondente também fica mais fácil de escrever:
{# app/Resources/views/layout.html.twig #}
<html>
<head>
<title>{% block title %}Default title{% endblock %}</title>
</head>
<body>
{% block body %}{% endblock %}
</body>
</html>
O Twig é bem suportado no Symfony2. E, mesmo que os templates em PHP sempre serão suportados pelo framework, continuaremos a discutir sobre as muitas vantagens do Twig. Para mais informações, veja o capítulo sobre templates.