Documentação do Symfony - versão 3.1
Renderizada do repositório symfony-docs-pt-BR no Github
Uma aplicação PHP moderna é cheia de objetos. Um objeto pode facilitar a entrega de mensagens de e-mail enquanto outro pode permitir persistir as informações em um banco de dados. Em sua aplicação, você pode criar um objeto que gerencia seu estoque de produtos, ou outro objeto que processa dados de uma API de terceiros. O ponto é que uma aplicação moderna faz muitas coisas e é organizada em muitos objetos que lidam com cada tarefa.
Neste capítulo, vamos falar sobre um objeto PHP especial no Symfony2 que ajuda você a instanciar, organizar e recuperar os muitos objetos da sua aplicação. Esse objeto, chamado de container de serviço, lhe permitirá padronizar e centralizar a forma como os objetos são construídos em sua aplicação. O container facilita a sua vida, é super rápido e enfatiza uma arquitetura que promove código reutilizável e desacoplado. E, como todas as classes principais do Symfony2 usam o container, você vai aprender como estender, configurar e usar qualquer objeto no Symfony2. Em grande parte, o container de serviço é o maior contribuinte à velocidade e extensibilidade do Symfony2.
Finalmente, configurar e usar o container de serviço é fácil. Ao final deste capítulo, você estará confortável criando os seus próprios objetos através do container e personalizando objetos a partir de qualquer bundle de terceiros. Você vai começar a escrever código que é mais reutilizável, testável e desacoplado, simplesmente porque o container de serviço torna fácil escrever bom código.
Simplificando, um Serviço é qualquer objeto PHP que realiza algum tipo de tarefa “global”. É um nome genérico proposital, usado em ciência da computação, para descrever um objeto que é criado para uma finalidade específica (por exemplo, entregar e-mails). Cada serviço é usado em qualquer parte da sua aplicação sempre que precisar da funcionalidade específica que ele fornece. Você não precisa fazer nada de especial para construir um serviço: basta escrever uma classe PHP com algum código que realiza uma tarefa específica. Parabéns, você acabou de criar um serviço!
Note
Como regra geral, um objeto PHP é um serviço se ele é usado globalmente em sua
aplicação. Um único serviço Mailer
é utilizado globalmente para enviar
mensagens de e-mail, enquanto os muitos objetos Message
que ele entrega
não são serviços. Do mesmo modo, um objeto Product
não é um serviço, mas
um objeto que persiste os objetos Product
para um banco de dados é um serviço.
Então, porque ele é especial? A vantagem de pensar em “serviços” é que você começa a pensar em separar cada pedaço de funcionalidade de sua aplicação em uma série de serviços. Uma vez que cada serviço realiza apenas um trabalho, você pode facilmente acessar cada serviço e usar a sua funcionalidade, sempre que você precisar. Cada serviço pode também ser mais facilmente testado e configurado já que ele está separado das outras funcionalidades em sua aplicação. Esta idéia é chamada de arquitetura orientada a serviços e não é exclusiva do Symfony2 ou até mesmo do PHP. Estruturar a sua aplicação em torno de um conjunto de classes de serviços independentes é uma das melhores práticas de orientação à objeto bem conhecida e confiável. Essas habilidades são a chave para ser um bom desenvolvedor em praticamente qualquer linguagem.
Um Container de Serviço (ou container de injeção de dependência) é simplesmente um objeto PHP que gerencia a instanciação de serviços (ex. objetos). Por exemplo, imagine que temos uma classe PHP simples que envia mensagens de e-mail. Sem um container de serviço, precisamos criar manualmente o objeto sempre que precisarmos dele:
1 2 3 4 | use Acme\HelloBundle\Mailer;
$mailer = new Mailer('sendmail');
$mailer->send('ryan@foobar.net', ... );
|
Isso é bastante fácil. A classe imaginária Mailer
nos permite configurar o método
utilizado para entregar as mensagens de e-mail (por exemplo: sendmail
, smtp
, etc).
Mas, e se quiséssemos usar o serviço de mailer em outro lugar? Nós certamente não
desejamos repetir a configuração do mailer sempre que nós precisamos usar o objeto
Mailer
. E se precisarmos mudar o transport
de sendmail
para smtp
em
toda a aplicação? Nós precisaremos localizar cada lugar em que adicionamos um serviço
Mailer
e alterá-lo.
Uma resposta melhor é deixar o container de serviço criar o objeto Mailer
para você. Para que isso funcione, é preciso ensinar o container como
criar o serviço Mailer
. Isto é feito através de configuração, que pode
ser especificada em YAML, XML ou PHP:
1 2 3 4 5 | # app/config/config.yml
services:
my_mailer:
class: Acme\HelloBundle\Mailer
arguments: [sendmail]
|
1 2 3 4 5 6 | <!-- app/config/config.xml -->
<services>
<service id="my_mailer" class="Acme\HelloBundle\Mailer">
<argument>sendmail</argument>
</service>
</services>
|
1 2 3 4 5 6 7 | // app/config/config.php
use Symfony\Component\DependencyInjection\Definition;
$container->setDefinition('my_mailer', new Definition(
'Acme\HelloBundle\Mailer',
array('sendmail')
));
|
Note
Quando o Symfony2 é inicializado, ele constrói o container de serviço usando a
configuração da aplicação (por padrão (app/config/config.yml
). O arquivo
exato que é carregado é ditado pelo método AppKernel::registerContainerConfiguration()
, que carrega um arquivo de configuração do ambiente específico (por exemplo
config_dev.yml
para o ambiente dev
ou config_prod.yml
para o prod
).
Uma instância do objeto Acme\HelloBundle\Mailer
está agora disponível através do
container de serviço. O container está disponível em qualquer controlador tradicional do
Symfony2 onde você pode acessar os serviços do container através do método de atalho
get()
:
class HelloController extends Controller
{
// ...
public function sendEmailAction()
{
// ...
$mailer = $this->get('my_mailer');
$mailer->send('ryan@foobar.net', ... );
}
}
Quando requisitamos o serviço my_mailer
a partir do container, o container
constrói o objeto e o retorna. Esta é outra vantagem importante do uso do container
de serviço. Ou seja, um serviço nunca é construído até que ele seja necessário.
Se você definir um serviço e nunca usá-lo em um pedido, o serviço nunca será criado.
Isso economiza memória e aumenta a velocidade de sua aplicação. Isto também significa
que não há nenhuma perda ou apenas uma perda insignificante de desempenho ao definir
muitos serviços. Serviços que nunca são usados, nunca são construídos.
Como um bônus adicional, o serviço Mailer
é criado apenas uma vez e a mesma
instância é retornada cada vez que você requisitar o serviço. Isso é quase sempre
o comportamento que você precisa (é mais flexível e poderoso), mas vamos aprender,
mais tarde, como você pode configurar um serviço que possui várias instâncias.
A criação de novos serviços (objetos, por exemplo) através do container é bastante simples. Os parâmetros tornam a definição dos serviços mais organizada e flexível:
1 2 3 4 5 6 7 8 9 | # app/config/config.yml
parameters:
my_mailer.class: Acme\HelloBundle\Mailer
my_mailer.transport: sendmail
services:
my_mailer:
class: %my_mailer.class%
arguments: [%my_mailer.transport%]
|
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 | <!-- app/config/config.xml -->
<parameters>
<parameter key="my_mailer.class">Acme\HelloBundle\Mailer</parameter>
<parameter key="my_mailer.transport">sendmail</parameter>
</parameters>
<services>
<service id="my_mailer" class="%my_mailer.class%">
<argument>%my_mailer.transport%</argument>
</service>
</services>
|
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 | // app/config/config.php
use Symfony\Component\DependencyInjection\Definition;
$container->setParameter('my_mailer.class', 'Acme\HelloBundle\Mailer');
$container->setParameter('my_mailer.transport', 'sendmail');
$container->setDefinition('my_mailer', new Definition(
'%my_mailer.class%',
array('%my_mailer.transport%')
));
|
O resultado final é exatamente o mesmo de antes - a diferença está apenas em como
definimos o serviço. Quando as strings my_mailer.class
e my_mailer.transport
estão envolvidas por sinais de porcentagem (%
), o container sabe que deve procurar
por parâmetros com esses nomes. Quando o container é construído, ele procura o valor de
cada parâmetro e utiliza-o na definição do serviço.
Note
O sinal de porcentagem dentro de um parâmetro ou argumento, como parte da string, deve ser escapado com um outro sinal de porcentagem:
1 | <argument type="string">http://symfony.com/?foo=%%s&bar=%%d</argument>
|
A finalidade dos parâmetros é alimentar informação para os serviços. Naturalmente, não há nada de errado em definir o serviço sem o uso de quaisquer parâmetros. Os parâmetros, no entanto, possuem várias vantagens:
parameters
;A escolha de usar ou não os parâmetros é com você. Bundles de terceiros de alta qualidade sempre utilizarão parâmetros, pois, eles tornam mais configurável o serviço armazenado no container. Para os serviços em sua aplicação, entretanto, você pode não precisar da flexibilidade dos parâmetros.
Os parâmetros não precisam ser strings, eles também podem ser arrays. Para o formato XML , você precisará usar o atributo type=”collection” em todos os parâmetros que são arrays.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 | # app/config/config.yml
parameters:
my_mailer.gateways:
- mail1
- mail2
- mail3
my_multilang.language_fallback:
en:
- en
- fr
fr:
- fr
- en
|
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 | <!-- app/config/config.xml -->
<parameters>
<parameter key="my_mailer.gateways" type="collection">
<parameter>mail1</parameter>
<parameter>mail2</parameter>
<parameter>mail3</parameter>
</parameter>
<parameter key="my_multilang.language_fallback" type="collection">
<parameter key="en" type="collection">
<parameter>en</parameter>
<parameter>fr</parameter>
</parameter>
<parameter key="fr" type="collection">
<parameter>fr</parameter>
<parameter>en</parameter>
</parameter>
</parameter>
</parameters>
|
1 2 3 4 5 6 7 8 | // app/config/config.php
use Symfony\Component\DependencyInjection\Definition;
$container->setParameter('my_mailer.gateways', array('mail1', 'mail2', 'mail3'));
$container->setParameter('my_multilang.language_fallback',
array('en' => array('en', 'fr'),
'fr' => array('fr', 'en'),
));
|
Tip
Nesta seção, vamos referenciar os arquivos de configuração de serviço como recursos. Isto é para destacar o fato de que, enquanto a maioria dos recursos de configuração será em arquivos (por exemplo, YAML, XML, PHP), o Symfony2 é tão flexível que a configuração pode ser carregada de qualquer lugar (por exemplo, de um banco de dados ou até mesmo através de um web service externo).
O service container é construído usando um único recurso de configuração
(por padrão app/config/config.yml
). Todas as outras configurações de serviço
(incluindo o núcleo do Symfony2 e configurações de bundles de terceiros) devem
ser importadas dentro desse arquivo de uma forma ou de outra. Isso lhe dá absoluta
flexibilidade sobre os serviços em sua aplicação.
Configurações de serviços externos podem ser importadas de duas maneiras distintas.
Primeiro, vamos falar sobre o método que você vai usar mais frequentemente na sua
aplicação: a diretiva imports
. Na seção seguinte, vamos falar sobre o segundo método,
que é mais flexível e preferido para a importação de configuração de serviços dos bundles
de terceiros.
imports
¶Até agora, adicionamos a nossa definição do container de serviço my_mailer
diretamente no arquivo de configuração da aplicação (por exemplo: app/config/config.yml
).
Naturalmente, já que a própria classe Mailer
reside dentro do AcmeHelloBundle
,
faz mais sentido colocar a definição do container my_mailer
dentro do
bundle também.
Primeiro, mova a definição do container my_mailer
dentro de um novo arquivo container de recurso
dentro do AcmeHelloBundle
. Se os diretórios Resources
ou Resources/config
não existirem, adicione eles.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 | # src/Acme/HelloBundle/Resources/config/services.yml
parameters:
my_mailer.class: Acme\HelloBundle\Mailer
my_mailer.transport: sendmail
services:
my_mailer:
class: %my_mailer.class%
arguments: [%my_mailer.transport%]
|
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 | <!-- src/Acme/HelloBundle/Resources/config/services.xml -->
<parameters>
<parameter key="my_mailer.class">Acme\HelloBundle\Mailer</parameter>
<parameter key="my_mailer.transport">sendmail</parameter>
</parameters>
<services>
<service id="my_mailer" class="%my_mailer.class%">
<argument>%my_mailer.transport%</argument>
</service>
</services>
|
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 | // src/Acme/HelloBundle/Resources/config/services.php
use Symfony\Component\DependencyInjection\Definition;
$container->setParameter('my_mailer.class', 'Acme\HelloBundle\Mailer');
$container->setParameter('my_mailer.transport', 'sendmail');
$container->setDefinition('my_mailer', new Definition(
'%my_mailer.class%',
array('%my_mailer.transport%')
));
|
A definição em si não mudou, apenas a sua localização. Claro que o container de
serviço não sabe sobre o novo arquivo de recurso. Felizmente, nós podemos facilmente
importar o arquivo de recurso usando a chave imports
na configuração da
aplicação.
1 2 3 | # app/config/config.yml
imports:
- { resource: @AcmeHelloBundle/Resources/config/services.yml }
|
1 2 3 4 | <!-- app/config/config.xml -->
<imports>
<import resource="@AcmeHelloBundle/Resources/config/services.xml"/>
</imports>
|
1 2 | // app/config/config.php
$this->import('@AcmeHelloBundle/Resources/config/services.php');
|
A diretiva imports
permite à sua aplicação incluir os recursos de configuração
do container de serviço de qualquer outra localização (mais comumente, de bundles).
A localização do resource
, para arquivos, é o caminho absoluto para o arquivo de
recurso. A sintaxe especial @AcmeHello
resolve o caminho do diretório do
bundle AcmeHelloBundle
. Isso ajuda você a especificar o caminho para o recurso
sem preocupar-se mais tarde caso mover o AcmeHelloBundle
para um diretório
diferente.
Ao desenvolver no Symfony2, você vai mais comumente usar a diretiva imports
para importar a configuração do container dos bundles que você criou especificamente
para a sua aplicação. As configurações de container de bundles de terceiros, incluindo
os serviços do núcleo do Symfony2, são geralmente carregadas usando um outro método
que é mais flexível e fácil de configurar em sua aplicação.
Veja como ele funciona. Internamente, cada bundle define os seus serviços de forma
semelhante a que vimos até agora. Ou seja, um bundle utiliza um ou mais arquivos de
configurações de recurso (normalmente XML) para especificar os parâmetros e serviços
para aquele bundle. No entanto, em vez de importar cada um desses recursos diretamente a partir
da sua configuração da aplicação usando a diretiva imports
, você pode simplesmente
invocar uma extensão do container de serviço dentro do bundle que faz o trabalho para
você. Uma extensão do container de serviço é uma classe PHP criada pelo autor do bundle
para realizar duas coisas:
Em outras palavras, uma extensão do container de serviço configura os serviços para um bundle em seu nome. E, como veremos em breve, a extensão fornece uma interface sensível e de alto nível para configurar o bundle.
Considere o FrameworkBundle
- o bundle do núcleo do framework Symfony2 -
como um exemplo. A presença do código a seguir na configuração da sua aplicação
invoca a extensão do container de serviço dentro do FrameworkBundle
:
1 2 3 4 5 6 7 | # app/config/config.yml
framework:
secret: xxxxxxxxxx
form: true
csrf_protection: true
router: { resource: "%kernel.root_dir%/config/routing.yml" }
# ...
|
1 2 3 4 5 6 7 | <!-- app/config/config.xml -->
<framework:config secret="xxxxxxxxxx">
<framework:form />
<framework:csrf-protection />
<framework:router resource="%kernel.root_dir%/config/routing.xml" />
<!-- ... -->
</framework>
|
1 2 3 4 5 6 7 8 | // app/config/config.php
$container->loadFromExtension('framework', array(
'secret' => 'xxxxxxxxxx',
'form' => array(),
'csrf-protection' => array(),
'router' => array('resource' => '%kernel.root_dir%/config/routing.php'),
// ...
));
|
Quando é realizado o parse da configuração, o container procura uma extensão que
pode lidar com a diretiva de configuração framework
. A extensão em questão,
que reside no FrameworkBundle
, é chamada e a configuração do serviço para o
FrameworkBundle
é carregada. Se você remover totalmente a chave framework
de seu arquivo de configuração da aplicação, os serviços do núcleo do Symfony2
não serão carregados. O ponto é que você está no controle: o framework Symfony2
não contém qualquer tipo de magia ou realiza quaisquer ações que você não tenha
controle.
Claro que você pode fazer muito mais do que simplesmente “ativar” a extensão do
container de serviço do FrameworkBundle
. Cada extensão permite que você facilmente
personalize o bundle, sem se preocupar com a forma como os serviços internos são
definidos.
Neste caso, a extensão permite que você personalize as configurações error_handler
,
csrf_protection
, router
e muito mais. Internamente,
o FrameworkBundle
usa as opções especificadas aqui para definir e configurar
os serviços específicos para ele. O bundle se encarrega de criar todos os parameters
e services
necessários para o container de serviço, permitindo ainda que grande parte
da configuração seja facilmente personalizada. Como um bônus adicional, a maioria das
extensões do container de serviço também são inteligentes o suficiente para executar a validação -
notificando as opções que estão faltando ou que estão com o tipo de dados incorreto.
Ao instalar ou configurar um bundle, consulte a documentação do bundle para verificar como os serviços para o bundle devem ser instalados e configurados. As opções disponíveis para os bundles do núcleo podem ser encontradas no Reference Guide.
Note
Nativamente, o container de serviço somente reconhece as diretivas
parameters
, services
e imports
. Quaisquer outras diretivas
são manipuladas pela extensão do container de serviço.
Se você deseja expor configuração amigável em seus próprios bundles, leia o “/cookbook/bundles/extension” do cookbook.
Até agora, nosso serviço original my_mailer
é simples: ele recebe apenas um argumento
em seu construtor, que é facilmente configurável. Como você verá, o poder real
do container é percebido quando você precisa criar um serviço que depende de um ou
mais outros serviços no container.
Vamos começar com um exemplo. Suponha que temos um novo serviço, NewsletterManager
,
que ajuda a gerenciar a preparação e entrega de uma mensagem de e-mail para
uma coleção de endereços. Claro que o serviço my_mailer
já está muito bom
ao entregar mensagens de e-mail, por isso vamos usá-lo dentro do NewsletterManager
para lidar com a entrega das mensagens. Esta simulação de classe seria parecida
com:
namespace Acme\HelloBundle\Newsletter;
use Acme\HelloBundle\Mailer;
class NewsletterManager
{
protected $mailer;
public function __construct(Mailer $mailer)
{
$this->mailer = $mailer;
}
// ...
}
Sem usar o container de serviço, podemos criar um novo NewsletterManager
facilmente dentro de um controlador:
public function sendNewsletterAction()
{
$mailer = $this->get('my_mailer');
$newsletter = new Acme\HelloBundle\Newsletter\NewsletterManager($mailer);
// ...
}
Esta abordagem é boa, mas, e se decidirmos mais tarde que a classe NewsletterManager
precisa de um segundo ou terceiro argumento? E se decidirmos refatorar nosso
código e renomear a classe? Em ambos os casos, você precisa encontrar todos os
locais onde o NewsletterManager
é instanciado e modificá-lo. Certamente,
o container de serviço nos dá uma opção muito mais atraente:
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 | # src/Acme/HelloBundle/Resources/config/services.yml
parameters:
# ...
newsletter_manager.class: Acme\HelloBundle\Newsletter\NewsletterManager
services:
my_mailer:
# ...
newsletter_manager:
class: %newsletter_manager.class%
arguments: [@my_mailer]
|
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 | <!-- src/Acme/HelloBundle/Resources/config/services.xml -->
<parameters>
<!-- ... -->
<parameter key="newsletter_manager.class">Acme\HelloBundle\Newsletter\NewsletterManager</parameter>
</parameters>
<services>
<service id="my_mailer" ... >
<!-- ... -->
</service>
<service id="newsletter_manager" class="%newsletter_manager.class%">
<argument type="service" id="my_mailer"/>
</service>
</services>
|
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 | // src/Acme/HelloBundle/Resources/config/services.php
use Symfony\Component\DependencyInjection\Definition;
use Symfony\Component\DependencyInjection\Reference;
// ...
$container->setParameter('newsletter_manager.class', 'Acme\HelloBundle\Newsletter\NewsletterManager');
$container->setDefinition('my_mailer', ... );
$container->setDefinition('newsletter_manager', new Definition(
'%newsletter_manager.class%',
array(new Reference('my_mailer'))
));
|
Em YAML, a sintaxe especial @my_mailer
diz ao container para procurar
por um serviço chamado my_mailer
e passar esse objeto para o construtor
do NewsletterManager
. Neste caso, entretanto, o serviço especificado my_mailer
deve existir. Caso ele não existir, será gerada uma exceção. Você pode marcar suas
dependências como opcionais - o que será discutido na próxima seção.
O uso de referências é uma ferramenta muito poderosa que lhe permite criar classes de
serviços independentes com dependências bem definidas. Neste exemplo, o serviço
newsletter_manager
precisa do serviço my_mailer
para funcionar. Quando você
define essa dependência no container de serviço, o container cuida de todo o
trabalho de instanciar os objetos.
Injetando dependências no construtor dessa maneira é uma excelente forma de assegurar que a dependência estará disponível para o uso. No entanto, se você possuir dependências opcionais para uma classe, a “injeção do setter” pode ser uma opção melhor. Isto significa injetar a dependência usando uma chamada de método ao invés do construtor. A classe ficaria assim:
namespace Acme\HelloBundle\Newsletter;
use Acme\HelloBundle\Mailer;
class NewsletterManager
{
protected $mailer;
public function setMailer(Mailer $mailer)
{
$this->mailer = $mailer;
}
// ...
}
Para injetar a dependência pelo método setter somente é necessária uma mudança da sintaxe:
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 | # src/Acme/HelloBundle/Resources/config/services.yml
parameters:
# ...
newsletter_manager.class: Acme\HelloBundle\Newsletter\NewsletterManager
services:
my_mailer:
# ...
newsletter_manager:
class: %newsletter_manager.class%
calls:
- [ setMailer, [ @my_mailer ] ]
|
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 | <!-- src/Acme/HelloBundle/Resources/config/services.xml -->
<parameters>
<!-- ... -->
<parameter key="newsletter_manager.class">Acme\HelloBundle\Newsletter\NewsletterManager</parameter>
</parameters>
<services>
<service id="my_mailer" ... >
<!-- ... -->
</service>
<service id="newsletter_manager" class="%newsletter_manager.class%">
<call method="setMailer">
<argument type="service" id="my_mailer" />
</call>
</service>
</services>
|
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 | // src/Acme/HelloBundle/Resources/config/services.php
use Symfony\Component\DependencyInjection\Definition;
use Symfony\Component\DependencyInjection\Reference;
// ...
$container->setParameter('newsletter_manager.class', 'Acme\HelloBundle\Newsletter\NewsletterManager');
$container->setDefinition('my_mailer', ... );
$container->setDefinition('newsletter_manager', new Definition(
'%newsletter_manager.class%'
))->addMethodCall('setMailer', array(
new Reference('my_mailer')
));
|
Note
As abordagens apresentadas nesta seção são chamadas de “injeção de construtor” e “injeção de setter”. O container de serviço do Symfony2 também suporta a “injeção de propriedade”.
Às vezes, um de seus serviços pode ter uma dependência opcional, ou seja,
a dependência não é exigida por seu serviço para funcionar corretamente. No
exemplo acima, o serviço my_mailer
deve existir, caso contrário, uma exceção
será gerada. Ao modificar a definição do serviço newsletter_manager
,
você pode tornar esta referência opcional. O container irá, então, injetá-lo se
ele existir e não irá fazer nada caso contrário:
1 2 3 4 5 6 7 8 | # src/Acme/HelloBundle/Resources/config/services.yml
parameters:
# ...
services:
newsletter_manager:
class: %newsletter_manager.class%
arguments: [@?my_mailer]
|
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 | <!-- src/Acme/HelloBundle/Resources/config/services.xml -->
<services>
<service id="my_mailer" ... >
<!-- ... -->
</service>
<service id="newsletter_manager" class="%newsletter_manager.class%">
<argument type="service" id="my_mailer" on-invalid="ignore" />
</service>
</services>
|
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 | // src/Acme/HelloBundle/Resources/config/services.php
use Symfony\Component\DependencyInjection\Definition;
use Symfony\Component\DependencyInjection\Reference;
use Symfony\Component\DependencyInjection\ContainerInterface;
// ...
$container->setParameter('newsletter_manager.class', 'Acme\HelloBundle\Newsletter\NewsletterManager');
$container->setDefinition('my_mailer', ... );
$container->setDefinition('newsletter_manager', new Definition(
'%newsletter_manager.class%',
array(new Reference('my_mailer', ContainerInterface::IGNORE_ON_INVALID_REFERENCE))
));
|
Em YAML, a sintaxe especial @?
diz ao container de serviço que a dependência
é opcional. Naturalmente, o NewsletterManager
também deve ser escrito para
permitir uma dependência opcional:
1 2 3 4 | public function __construct(Mailer $mailer = null)
{
// ...
}
|
Desde que o Symfony2 e todos os bundles de terceiros configuram e recuperam os seus serviços
através do container, você pode acessá-los facilmente ou até mesmo usá-los em seus próprios
serviços. Para manter tudo simples, o Symfony2, por padrão, não exige que controladores sejam
definidos como serviços. Além disso, o Symfony2 injeta o container de serviço inteiro em seu
controlador. Por exemplo, para gerenciar o armazenamento de informações em uma sessão do
usuário, o Symfony2 fornece um serviço session
, que você pode acessar dentro de um
controlador padrão da seguinte forma:
public function indexAction($bar)
{
$session = $this->get('session');
$session->set('foo', $bar);
// ...
}
No Symfony2, você vai usar constantemente os serviços fornecidos pelo núcleo do Symfony ou
outros bundles de terceiros para executar tarefas como renderização de templates (templating
),
envio de e-mails (mailer
), ou acessar informações sobre o pedido(request
).
Podemos levar isto um passo adiante, usando esses serviços dentro dos serviços que
você criou para a sua aplicação. Vamos modificar o NewsletterManager
para utilizar o serviço de mailer
real do Symfony2 (no lugar do my_mailer
).
Vamos também passar o serviço de templating engine para o NewsletterManager
então ele poderá gerar o conteúdo de e-mail através de um template:
namespace Acme\HelloBundle\Newsletter;
use Symfony\Component\Templating\EngineInterface;
class NewsletterManager
{
protected $mailer;
protected $templating;
public function __construct(\Swift_Mailer $mailer, EngineInterface $templating)
{
$this->mailer = $mailer;
$this->templating = $templating;
}
// ...
}
A configuração do service container é fácil:
1 2 3 4 | services:
newsletter_manager:
class: %newsletter_manager.class%
arguments: [@mailer, @templating]
|
1 2 3 4 | <service id="newsletter_manager" class="%newsletter_manager.class%">
<argument type="service" id="mailer"/>
<argument type="service" id="templating"/>
</service>
|
1 2 3 4 5 6 7 | $container->setDefinition('newsletter_manager', new Definition(
'%newsletter_manager.class%',
array(
new Reference('mailer'),
new Reference('templating')
)
));
|
O serviço newsletter_manager
agora tem acesso aos serviços do núcleo
mailer
and templating
. Esta é uma forma comum de criar serviços
específicos para sua aplicação que aproveitam o poder de diferentes serviços
dentro do framework.
Tip
Certifique-se de que a entrada swiftmailer
aparece na configuração da
sua aplicação. Como mencionamos em Importando Configuração através de Extensões do Container,
a chave swiftmailer
invoca a extensão de serviço do
SwiftmailerBundle
, que registra o serviço mailer
.
Como vimos, a definição de serviços no interior do container é fácil, geralmente
envolvendo uma chave de configuração service
e alguns parâmetros. No entanto,
o container possui várias outras ferramentas disponíveis que ajudam a adicionar uma tag
para uma funcionalidade especial nos serviços, criar serviços mais complexos e executar
operações após o container estar construído.
Ao definir os serviços, normalmente você vai desejar poder acessar essas definições
dentro do código da sua aplicação. Esses serviços são chamados publicos
. Por exemplo,
o serviço doctrine
registrado com o container quando se utiliza o DoctrineBundle
é um serviço público, já que você pode acessá-lo via:
$doctrine = $container->get('doctrine');
No entanto, existem casos de uso em que você não deseja que um serviço seja público. Isto é comum quando um serviço é definido apenas porque poderia ser usado como um argumento para um outro serviço.
Note
Se você usar um serviço privado como um argumento para mais de um serviço,
isto irá resultar em duas instâncias diferentes sendo usadas, já que, a instanciação
do serviço privado é realizada inline (por exemplo: new PrivateFooBar()
).
Simplesmente falando: Um serviço será privado quando você não quiser acessá-lo diretamente em seu código.
Aqui está um exemplo:
1 2 3 4 | services:
foo:
class: Acme\HelloBundle\Foo
public: false
|
1 | <service id="foo" class="Acme\HelloBundle\Foo" public="false" />
|
1 2 3 | $definition = new Definition('Acme\HelloBundle\Foo');
$definition->setPublic(false);
$container->setDefinition('foo', $definition);
|
Agora que o serviço é privado, você não pode chamar:
$container->get('foo');
No entanto, se o serviço foi marcado como privado, você ainda pode adicionar um alias para ele (veja abaixo) para acessar este serviço (através do alias).
Note
Os serviços são públicos por padrão.
Ao usar bundles do núcleo ou de terceiros dentro de sua aplicação, você pode desejar usar atalhos para acessar alguns serviços. Isto é possível adicionando alias à eles e, além disso, você pode até mesmo adicionar alias para serviços que não são públicos.
1 2 3 4 5 | services:
foo:
class: Acme\HelloBundle\Foo
bar:
alias: foo
|
1 2 3 | <service id="foo" class="Acme\HelloBundle\Foo"/>
<service id="bar" alias="foo" />
|
1 2 3 4 | $definition = new Definition('Acme\HelloBundle\Foo');
$container->setDefinition('foo', $definition);
$containerBuilder->setAlias('bar', 'foo');
|
Isto significa que, ao usar o container diretamente, você pode acessar o serviço
foo
pedindo pelo serviço bar
como segue:
$container->get('bar'); // retorna o serviço foo
Podem haver casos de uso quando é necessário incluir outro arquivo antes do
serviço em si ser carregado. Para fazer isso, você pode usar a diretiva file
.
1 2 3 4 | services:
foo:
class: Acme\HelloBundle\Foo\Bar
file: %kernel.root_dir%/src/path/to/file/foo.php
|
1 2 3 | <service id="foo" class="Acme\HelloBundle\Foo\Bar">
<file>%kernel.root_dir%/src/path/to/file/foo.php</file>
</service>
|
1 2 3 | $definition = new Definition('Acme\HelloBundle\Foo\Bar');
$definition->setFile('%kernel.root_dir%/src/path/to/file/foo.php');
$container->setDefinition('foo', $definition);
|
Observe que o symfony irá, internamente, chamar a função PHP require_once o que significa que seu arquivo será incluído apenas uma vez por pedido.
tags
)¶Da mesma forma que podem ser definidas tags para um post de um blog na web com palavras como “Symfony” ou “PHP”, também podem ser definidas tags para os serviços configurados em seu container. No container de serviço, a presença de uma tag significa que o serviço destina-se ao uso para um fim específico. Veja o seguinte exemplo:
1 2 3 4 5 | services:
foo.twig.extension:
class: Acme\HelloBundle\Extension\FooExtension
tags:
- { name: twig.extension }
|
1 2 3 | <service id="foo.twig.extension" class="Acme\HelloBundle\Extension\FooExtension">
<tag name="twig.extension" />
</service>
|
1 2 3 | $definition = new Definition('Acme\HelloBundle\Extension\FooExtension');
$definition->addTag('twig.extension');
$container->setDefinition('foo.twig.extension', $definition);
|
A tag twig.extension
é uma tag especial que o TwigBundle
usa durante a
configuração. Ao definir a tag twig.extension
para este serviço, o bundle
saberá que o serviço foo.twig.extension
deve ser registrado como uma extensão
Twig com o Twig. Em outras palavras, o Twig encontra todos os serviços com a tag
twig.extension
e automaticamente registra-os como extensões.
Tags, então, são uma forma de dizer ao Symfony2 ou outros bundles de terceiros que o seu serviço deve ser registrado ou usado de alguma forma especial pelo bundle.
Segue abaixo uma lista das tags disponíveis com os bundles do núcleo do Symfony2.
Cada uma delas tem um efeito diferente no seu serviço e muitas tags requerem
argumentos adicionais (além do parâmetro name
).