Documentação do Symfony2
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Como usar Melhores Práticas para a Estruturação dos Bundles

Um Bundle é um diretório que tem uma estrutura bem definida e pode hospedar qualquer coisa desde classes até controladores e recursos web. Mesmo os bundles sendo muito flexíveis, você deve seguir algumas das melhores práticas se deseja distribuí-los.

Nome do Bundle

Um bundle é também um namespace PHP. O namespace deve seguir os padrões técnicos de interoperabilidade para namespaces do PHP 5.3 e nomes de classes: ele inicia com o segmento do vendor, seguido por zero ou mais segmentos de categoria, e termina com o nome curto do namespace, que deve terminar com o sufixo Bundle.

Um namespace torna-se um bundle assim que você adiciona uma classe bundle à ele. O nome da classe do bundle deve seguir estas regras simples:

  • Usar apenas caracteres alfanuméricos e sublinhados;
  • Usar o nome em CamelCase;
  • Usar um nome descritivo e curto (não mais que 2 palavras);
  • Prefixar o nome com a concatenação do vendor (e, opcionalmente, os namespaces da categoria);
  • Adicionar o sufixo Bundle ao nome.

Aqui estão alguns namespaces de bundle e nomes de classes válidos:

Namespace Nome da Classe do Bundle
Acme\Bundle\BlogBundle AcmeBlogBundle
Acme\Bundle\Social\BlogBundle AcmeSocialBlogBundle
Acme\BlogBundle AcmeBlogBundle

Por convenção, o método getName() da classe bundle deve retornar o nome da classe.

Note

Se você compartilhar publicamente seu bundle, você deve usar o nome da classe do bundle como o nome do repositório (AcmeBlogBundle e não BlogBundle por exemplo).

Note

Os Bundles do núcleo do Symfony2 não prefixam a classe Bundle com Symfony e sempre adicionam um subnamespace Bundle, por exemplo: Symfony\Bundle\FrameworkBundle\FrameworkBundle.

Cada bundle tem um alias, que é a versão curta e em letras minúsculas do nome do bundle usando sublinhados (por exemplo, acme_hello para AcmeHelloBundle, ou acme_social_blog para Acme\Social\BlogBundle). Estes alias são usados para definir exclusividade dentro de um bundle (veja abaixo alguns exemplos de uso).

Estrutura de Diretórios

A estrutura básica de diretório de um bundle HelloBundle deve parecer com a seguinte:

XXX/...
    HelloBundle/
        HelloBundle.php
        Controller/
        Resources/
            meta/
                LICENSE
            config/
            doc/
                index.rst
            translations/
            views/
            public/
        Tests/

O(s) diretório(s) XXX refletem a estrutura do namespace do bundle.

Os seguintes arquivos são obrigatórios:

  • HelloBundle.php;
  • Resources/meta/LICENSE: A licença completa para o código;
  • Resources/doc/index.rst: O arquivo raiz para a documentação do Bundle.

Note

Estas convenções garantem que ferramentas automatizadas possam contar com esta estrutura padrão para trabalhar.

A profundidade dos sub-diretórios deve ser mantida ao mínimo para as classes e arquivos mais utilizados (2 níveis, no máximo). Mais níveis podem ser definidos para arquivos não-estratégicos ou menos utilizados.

O diretório bundle é somente leitura. Se você precisa gravar arquivos temporários, armazene-os sob o diretório cache/ ou log/ da aplicação host. Ferramentas podem gerar arquivos na estrutura de diretório do bundle, mas apenas se os arquivos gerados serão parte do repositório.

As classes e arquivos seguintes possuem um local específico:

Tipo Diretório
Comandos Command/
Controladores Controller/
Extensões do Service Container DependencyInjection/
Listeners de Evento EventListener/
Configuração Resources/config/
Recursos Web Resources/public/
Arquivos de Tradução Resources/translations/
Templates Resources/views/
Testes Unitários e Funcionais Tests/

Classes

A estrutura de diretórios do bundle é usada como hierarquia de namespace. Por exemplo, um controlador HelloController é armazenado em Bundle/HelloBundle/Controller/HelloController.php e o nome totalmente qualificado da classe é Bundle\HelloBundle\Controller\HelloController.

Todas as classes e arquivos devem seguir os padrões de codificação do Symfony2.

Algumas classes deve ser vistas como facades e devem ser o mais curtas possível, como Commands, Helpers, Listeners e Controllers.

As classes que se conectam ao Dispatcher de Eventos devem ter o sufixo Listener.

Classes de exceções (Exceptions) devem ser armazenadas em um sub-namespace Exception.

Vendors

Um bundle não deve incorporar bibliotecas PHP de terceiros. Em vez disso, ele deve contar com o autoloading padrão do Symfony2.

Um bundle não deve incorporar bibliotecas de terceiros escritas em JavaScript, CSS ou qualquer outra linguagem.

Testes

Um bundle deve vir com um conjunto de testes escritos com o PHPUnit e armazenados sob o diretório Tests/. Os testes devem seguir os seguintes princípios:

  • O conjunto de testes deve ser executável com um simples comando phpunit, executado a partir de uma aplicação de exemplo;
  • Os testes funcionais só devem ser usados para testar a resposta de saída e algumas informações de perfis, caso você tiver;
  • A cobertura de código deve cobrir pelo menos 95% da base de código.

Note

Um conjunto de testes não deve conter scripts AllTests.php, mas deve contar com a existência de um arquivo phpunit.xml.dist.

Documentação

Todas as classes e funções devem vir com PHPDoc completo.

Documentação extensa também deve ser fornecida no formato reStructuredText, sob o diretório Resources/doc/; o arquivo Resources/doc/index.rst é o único arquivo obrigatório e deve ser o ponto de entrada para a documentação.

Controladores

Como melhor prática, os controladores em um bundle que se destina a ser distribuído não deve estender a classe base Symfony\Bundle\FrameworkBundle\Controller\Controller. Ao invés disso, eles podem implementar Symfony\Component\DependencyInjection\ContainerAwareInterface ou estender Symfony\Component\DependencyInjection\ContainerAware .

Note

Se você verificar os métodos do Symfony\Bundle\FrameworkBundle\Controller\Controller, vai ver que eles são apenas atalhos para facilitar a curva de aprendizado.

Roteamento

Se o bundle oferece rotas, elas devem ser prefixadas com o alias do bundle. Por exemplo, para o AcmeBlogBundle, todas as rotas devem ser prefixadas com acme_blog_.

Templates

Se um bundle fornece templates, eles devem usar o Twig. Um bundle não deve fornecer um layout principal, exceto se ele fornece uma aplicação completa.

Arquivos de Tradução

Se um bundle fornece mensagens de tradução, elas devem ser definidas no formato XLIFF; o domínio deve ser nomeado após o nome do bundle (bundle.hello).

Um bundle não deve sobrescrever as mensagens existentes de outro bundle.

Configuração

Para proporcionar maior flexibilidade, um bundle pode fornecer definições configuráveis ​​ usando os mecanismos embutidos do Symfony2.

Definições de configuração simples contam com a entrada padrão parameters da configuração do Symfony2. Os parâmetros do Symfony2 são simples pares chave/valor, um valor pode ser qualquer valor válido em PHP. Cada nome de parâmetro deve começar com o alias do bundle, embora esta seja apenas uma sugestão de melhor prática. O resto do nome do parâmetro usará um ponto (.) para separar partes diferentes (por exemplo, acme_hello.email.from).

O usuário final pode fornecer valores em qualquer arquivo de configuração:

  • YAML
    # app/config/config.yml
    parameters:
        acme_hello.email.from: fabien@example.com
    
  • XML
    <!-- app/config/config.xml -->
    <parameters>
        <parameter key="acme_hello.email.from">fabien@example.com</parameter>
    </parameters>
    
  • PHP
    // app/config/config.php
    $container->setParameter('acme_hello.email.from', 'fabien@example.com');
    
  • INI
    ; app/config/config.ini
    [parameters]
    acme_hello.email.from = fabien@example.com
    

Recupere os parâmetros de configuração no seu código a partir do container:

$container->getParameter('acme_hello.email.from');

Mesmo esse mecanismo sendo bastante simples, você é altamente encorajado a usar a configuração semântica descrita no cookbook.

Note

Se você estiver definindo serviços, eles também devem ser prefixados com o alias do bundle.